quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Hoje eu não quero comemorar sozinho

Foto: Divulgação

O Brasil escolheu o seu representante para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro, e fiquei muito feliz ao ver que será "Hoje eu quero voltar sozinho", de Daniel Ribeiro.

Quem anunciou a decisão foi a Ministra da Cultura, Marta Suplicy (aquela do relaxa e goza) em um evento que aconteceu hoje pela manhã na Cinemateca de São Paulo.

Para quem não sabe, o filme é sobre o amor entre um garoto cego chamado Leonardo (Ghilherme Lobo) e seu colega de sala Gabriel (Fábio Audi), abordando a temática homossexual de uma forma natural e sem esteriótipos.

Cada detalhe é retratado de uma maneira sensível, transitando pelas dúvidas naturais de todo adolescente.

É legal compreender que independente da condição sexual, somos todos iguais e passamos pelos mesmo anseios. O primeiro amor, a profissão que devemos seguir, o primeiro beijo e claro, a tão esperada primeira vez.


Muitos confundem puberdade com adolescência, temos que aprender que existe uma diferença. Puberdade são as mudanças fisiológicas, ou seja, as do corpo. E com essas alterações surgem as mudanças psicológicas, que podemos chamar de Adolescência.

Quando entramos nessas fases podemos decretar o luto pela "morte da criança", pois chega o momento de vivenciar todas as fases de Freud juntas. Clique aqui!

É quando surgem os grandes questionamentos de nossas vidas, como as experimentações e com isso vemos constantemente as pessoas confundirem orientação, opção e condição sexual.

Orientação é aquela que recebemos de acordo com as crenças adquiridas pela sociedade, no caso ser hétero, porque é o que "todos acreditam ser o correto". Opção é algo que pelo qual se opta, o que no caso não existe quando falamos de sexualidade. Ninguém decide que quer ser, as pessoas já nascem assim. O correto a se dizer é Condição, que é como nascemos (hétero, bissexual, gay).

E é justo na adolescência que surgem os questionamentos quanto a isso, pois você está condicionado a algo do qual você não é "orientado" (no caso de gays e bissexuais) e a sociedade não aceita. 

No filme, Léo passa por duas situações complicadas, a vivência de sua homossexualidade e o fato de ser deficiente visual, sofrendo inúmeros casos de bullying dentro da escola.

Foto: Divulgação

Com dois prêmios no último festival de Berlim (Teddy, que é pela temática gay e o outro dado pela imprensa), o filme tem muitas chances de estar entre os cinco que participarão da disputa.

Finalmente uma escolha certeira do Brasil nos últimos anos e claro, a minha torcida já está pronta.

Não é preciso aceitar as diferenças, apenas respeite . Entenda que você não discrimina o seu olho esquerdo por ele ser diferente do direito, porque se não sabe, não existe simetria em nosso corpo.

E como diria Luciana Genro, estude um pouco que você saberá ;)

Beijo do Rods

Confira o trailer do filme: 





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